O Dia Mundial da Visão é celebrado na segunda
quinta-feira do mês de outubro, este ano, no dia 8. Próximo à data, também tem
o Dia das Crianças (12/10), que é um dos principais grupos de atenção quando o
assunto é saúde ocular. A Dra. Cinthia R. Teló Sato, Oftalmopediatra do
Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty, comenta sobre as
principais dúvidas dos pais em relação à saúde ocular dos pequenos, assim como
a importância da prevenção.
“Crianças com dificuldades visuais podem ter
prejuízo do rendimento escolar e muitas vezes queixas de cefaleia, dispersão e
personalidade introvertida, no caso dos míopes. Já os hipermétropes podem
apresentar pouca disposição para a leitura, se não tratados. Tudo isso mostra
que o cuidado com a saúde ocular vai além da visão, mas influencia o
comportamento das crianças”, afirma a Oftalmopediatra.
O alerta no Dia Mundial da Visão e no Dia das
Crianças é para a prevenção e cuidados oculares, que de acordo com o Conselho
Brasileiro de Oftalmologia (CBO), mais da metade das causas da cegueira
infantil no Brasil poderiam ser evitadas. Dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) mostram que o número de crianças cegas no mundo é de cerca de 1.4 milhão.
Desde o princípio –
Ao nascer, a criança enxerga muito pouco e a visão vai se desenvolvendo no
decorrer dos anos. Cerca de 90% do desenvolvimento visual ocorre até os dois
anos de vida. Acredita-se que atinja todo seu potencial por volta dos seis ou
sete anos de idade. Mas os cuidados para evitar que as crianças tenham doenças
oftalmológicas devem se iniciar antes do nascimento. “O acompanhamento
pré-natal é muito importante, pois pode evitar o comprometimento da visão do
bebê que irá nascer. Algumas doenças como Rubéola, Toxoplasmose e
Sífilis, quando presentes durante a gestação, podem causar
danos irreversíveis como cegueira e problemas neurológicos na criança”, explica
a Oftalmologista.
De acordo com a especialista do Hospital Sadalla,
os primeiros meses de vida são o período crítico do desenvolvimento visual,
pois qualquer obstáculo na formação da imagem durante esse tempo pode acarretar
em grandes comprometimentos. Os bebês são avaliados logo no nascimento, por
meio do teste do reflexo vermelho no berçário, que, quando normal, mostra
integridade do eixo visual (córnea, cristalino, vítreo e retina). Após essa
avaliação, recomenda-se exame novamente entre 6 meses e 1 ano de vida e um seguimento
conforme o resultado deste primeiro exame até atingir a idade escolar. De
acordo com o CBO, 30% das crianças, entre 7 a 14 anos, apresentam problemas de
refração que comprometem o empenho diário e escolar. Em todas as avaliações,
deve-se avaliar o alinhamento ocular, a presença de erros de refração (grau),
acuidade visual e o fundo de olho, tudo isso buscando o bom desenvolvimento
visual da criança e evitando a Ambliopia (olho preguiçoso).
Os principais sintomas que levam a criança ao
consultório do oftalmologista são: cefaleia, olhos vermelhos, coceira,
lacrimejamento e sensibilidade com claridade. “Crianças com problemas visuais
nem sempre demonstram essa dificuldade, mas aquelas que se aproximam muito da
TV, do livro ou da lousa ou que apresentam desinteresse pela leitura ou com
frequência se apresentam dispersos podem levantar a suspeita”, diz a médica. De
acordo com a Oftalmopediatra, os pais também podem suspeitar de problemas
visuais nos bebês por meio de fotos tiradas com flash, que devem mostrar o
reflexo vermelho na área da pupila nos dois olhos.
Observar também se existe diferença na posição das
pálpebras, se a pupila se apresenta branca ou se está fora do centro do olho,
motivos que sugerem uma ida ao oftalmologista.
Mais comum – Conforme
afirma a Dra. Cinthia, os erros refracionais, estão presentes em quase 22% das
crianças até 9 anos. A miopia gera uma dificuldade de enxergar para longe, com
dificuldade de ver a lousa ou a TV, podendo apresentar dores de cabeça pelo
movimento de “cerrar os olhos” para ver melhor. Os hipermétropes e astigmatas
podem se queixar de cansaço visual no ato da leitura. O tratamento é realizado
com a prescrição de óculos. Bebês que apresentem erros de refração acima dos
limites para sua idade já devem utilizar óculos, evitando que o olho fique
preguiçoso.
Outra alteração que pode atrapalhar o
desenvolvimento normal da visão é o estrabismo, principalmente se o tratamento
for tardio. O olho que desvia pode ficar preguiçoso e a criança não desenvolver
a visão em 3D. Na suspeita de desvios oculares, a avaliação oftalmológica deve
ser imediata, para que se realize o tratamento o mais breve possível, o que,
muitas vezes, envolve óculos, tampão e/ou cirurgia.
Dicas para o dia a dia – A criança está suscetível a acidentes domésticos,
seja com objetos perfurocortantes ou queimaduras por produtos químicos, devendo
os pais tomarem as precauções para que esses acidentes sejam evitados. Cuidados
redobrados também são essenciais na prática de esporte e atividades ao ar
livre. Dra. Cinthia destaca cinco principais cuidados:
·
Em ambiente com crianças, não deixe
fácil acesso a objetos pontiagudos e produtos químicos de limpeza;
·
Fique atento para sinais (olhos
vermelhos) e sintomas (dor ocular, dor de cabeça, coceira, lacrimejamento) que
podem estar relacionados a dificuldade visual;
·
Controle o uso de eletrônicos, já que
a exposição excessiva pode causar danos aos olhos como o surgimento e
progressão do grau de miopia e prejuízos relacionados com à luz azul, conforme
apontam recentes estudos, além dos olhos ficarem secos;
·
Não permitir que a criança coce os
olhos (risco maior de desenvolver Ceratocone);
·
Mantenha as consultas de rotina com o
oftalmologista em dia.
Sobre o Opty
O Grupo Opty
nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados
pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor
oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa
que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às
tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e
oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do
País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas,
mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente, o
Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 21
empresas oftalmológicas, 1600 colaboradores e mais de 600 médicos
oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o
Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital Oftalmológico de
Brasília (DF), o Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de Olhos do Gama (DF),
o Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o
Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro Oftalmológico Jaraguá do
Sul (SC), a Clínica Visão (SC), o HCLOE (SP), a Visclin Oftalmologia (SP), o
Eye Center (RJ), Clínica de Olhos Downtown (RJ) e COSC (RJ), Lúmmen
Oftalmologia (RJ), Hospital de Olhos do Meier (RJ), Hospital Oftalmológico da
Barra (RJ) e o Oftalmax Hospital de Olhos (PE) fazem parte dos associados,
resultando em 44 unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.