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Nem sempre é calvície: problemas cotidianos podem levar à queda de cabelo

23/07/2020    Gustavo Siqueira

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A calvície é um problema que assusta a maioria dos homens – e algumas mulheres a partir dos 40 anos de idade – mas cuja origem é normalmente genética. Situações pontuais de queda de cabelo, muitas vezes, podem ter origem em hábitos que fazem mal à pele e levam à dermatite seborreica, uma inflamação da pele. É o caso do uso excessivo de bonés e até mesmo do estresse, que geram irritações na pele e no couro cabeludo.

“Se você observar o cabelo ficar mais fino e ralo, é hora imediata de procurar uma avaliação dermatológica para identificar a causa”, aponta a doutora Fernanda Manfron Batista RosaS, do IPO Dermatologia. “Quanto mais cedo o problema for reconhecido, maior pode ser a efetividade de um tratamento posterior”.

Inflamação que causa descamação e vermelhidão

A dermatite seborreica ocorre como uma inflamação na pele e que, normalmente, ocorre descamação e vermelhidão em áreas da face, mas também do couro cabeludo. “Pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, situações de fadiga ou estresse emocional, baixa temperatura, álcool, medicamentos e excesso de oleosidade”, explica Fernanda. “É importante ressaltar que não é contagiosa e não é causada por falta de higiene”.

O tratamento para o problema, também, é mais simples que o da calvície: cuidados em casa com cremes e xampus com prescrição de um profissional tendem a resolver a questão, que precisa de cuidados de manutenção para não voltar a ocorrer.

Calvície tem soluções diversas

Já no caso da calvície, explica Fernanda, os tratamentos são mais diversos e também dependem do  grau de rarefacção e da área atingida. Segundo dados de 2019 da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), existem no Brasil cerca de 42 milhões de calvos.

“Algumas pessoas acreditam que não é possível resolver quando o caso já está mais severo. Nestas situações, o transplante de cabelo é recomendado: consiste, normalmente, na retirada de parte do cabelo da área posterior para aplicação nas áreas do couro cabeludo em que não há mais cabelo”, explica.

Em situações que estão começando ou que não são tão graves, há tratamentos que não precisam do procedimento cirúrgico. O fundamental é realizar exames  clínicos para entender a origem do problema e, assim, dar início ao tratamento da forma mais assertiva.
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