O jornalista contemporâneo 

O jornalista é um produto e produtor no seu meio, ele é responsável por peneirar e lapidar o que é ruído e o que é informação essencial para o cidadão. Hoje, em nossa sociedade contemporânea, o jornalismo torna-se mais essencial do que nunca. A facilidade de se transmitir informação através dos diversos meio de comunicação tornou o trabalho do jornalista ainda mais delicado, pois cabe a ele a apuração de fatos e dados. Qualquer um pode transmitir informação, porém, ao jornalista fica reservado o dever de filtra-las e apresentar ao público a verdade. Qualquer relato de um fato já apresenta um viés, pois somos reflexo de nossa sociedade e nossas verdades baseiam-se em ideologias que adotamos ao longo da vida. A própria escolha do que será notícia já apresenta o viés do jornal, já que, reflete na escolha daquilo que esse veículo acha importante. O mito da neutralidade na apresentação de uma reportagem já foi quebrado, hoje, ao escrever, o repórter deve preocupar-se com a objetividade e a melhor apuração de fatos sobre o ocorrido.

Portanto, independente do viés do veículo de comunicação que transmite uma informação, ele têm um compromisso com a verdade. O jornalismo, acima de tudo, tem o compromisso de transmitir informação à população. Além disso, o jornal deve ser responsável por dar voz a aqueles marginalizados pela sociedade, que usualmente são excluídos dos grandes veículos de notícia. Em uma sociedade democrática, o jornal deve representar a ponte entre a população e o Estado, sendo um intermediador entre os dois, lembrando que sociedades que permitem uma imprensa livre, são sociedades livres. A mídia deve dar voz a todos, independentemente do viés político da pessoa, porém também deve dar margem ao contraditório, expondo diferentes pontos de vista e deixando com que o leitor forme sua opinião sobre o caso. É importante lembrar que em uma sociedade livre como a que vivemos, todos têm direito à liberdade de expressão, porém devem arcar com as consequências de suas palavras, pois, no momento que a liberdade do outro começa, a sua termina.