Um local praticamente abandonado. Essa é a impressão de quem chega no aeroporto de Correia Pinto. Não há ninguém trabalhando, nem mesmo um vigilante para cuidar da estrutura. No prédio que vai abrigar o terminal de passageiros, apenas uma frágil porta de vidro, protege aquilo que já foi adquirido, como a esteira de bagagens, que mesmo sem uso, está aberta e exposta no meio do saguão.
Esse foi o cenário encontrado pelos integrantes da Comissão Pró-Voo Regional que fizeram uma visita ao local, acompanhados pelo engenheiro do DEINFRA, Narciso Leal Narciso. Participaram da visita, Antônio Wiggers, Anderson de Souza, Celso Marcolin, Fábio Tosatti, Fabrício da Silva, Giovani Fornari, representando a ACIL, Fórum das Entidades de Lages, Associação Comercial de Rio do Sul (ACIRS), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) em Lages, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Lages e de Rio do Sul e Sindimadeira de Lages.
O objetivo desta comissão é descobrir qual a real a situação do aeroporto e o que falta para o local entrar em operação. “Difícil entender como uma estrutura que está em obras há mais de 15 anos e onde foram gastos milhões dos cofres públicos não fica pronta nunca. Isso representa um descaso com a população e um atraso para o desenvolvimento da região serrana”, destaca o empresário Anderson de Souza, que preside a comissão.
Em maio deste ano, durante uma reunião com a diretoria da ACIL, o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, João Alberto afirmou que o governador Raimundo Colombo, lhe passou a incumbência de assumir e liderar o processo para que as obras físicas fossem concluídas até o dia 11 de outubro. Ainda faltam alguns dias para o fim do prazo, no entanto, ainda não estão prontos o acesso principal, os acessos internos, nem estacionamento, falta luz, telefone, internet, aparelho de raio x, brigada de combate a incêndio e caminhão do corpo de bombeiros. A pista ainda não está sinalizada e o mato já cobriu a cerca de proteção.
De acordo com Anderson de Souza, “a cada contato que fizemos, surge uma nova informação. Há um desencontro de prazos e de encaminhamentos. Nosso único interesse é que o aeroporto entre em funcionamento. Não é um interesse político, queremos que as coisas andem, ou melhor voem”.