Enquanto os
chimpanzés ganham cobertores, o tamanduá-bandeira se aconchega na cama de feno,
a cobra píton se aninha na toca e as araras degustam pinhão e coco. Poderia ser
cena de desenho animado, mas faz parte do cotidiano do Bioparque Zoo Pomerode. As ações passaram a ser
realizadas com a chegada das baixas temperaturas, para garantir o conforto
térmico dos animais durante o Inverno.
Chamada de
enriquecimento ambiental estrutural, a atividade engloba o acréscimo de
materiais naturais nos habitats como camas de feno, tablados e montes de
folhas, para que os animais mantenham o corpo aquecido. Na parte interna dos
recintos, chamada de área de manejo, é utilizado um sistema de aquecimento que
oferece a temperatura ideal, principalmente para o período noturno.
Além da
adaptação no habitat e da parte interna do recinto estar aquecida, para os
chimpanzés também são oferecidos os cobertores. “Eles receberam os cobertores
para se manterem quentinhos nos dias frios”, comenta a bióloga do Bioparque Zoo Pomerode, Priscila Weber Maciel.
A bióloga
explica que até para os répteis realizam ações em busca do conforto térmico
nessa época do ano e, por isso, instalam no habitat tocas artificiais
aquecidas. “Os répteis demandam cuidados especiais também, pois dependem muito
da temperatura do ambiente para a regular a do corpo, e assim podem escolher
onde preferem ficar”, afirma.
Alimentação
de Inverno
A dieta dos
animais do Bioparque Zoo Pomerode ganha um acréscimo nessa
época do ano. As aves e os primatas, por exemplo, passam a receber pinhão,
castanhas, milho e coco, além dos seus alimentos do dia a dia. “Para manter a
temperatura do corpo, muitos animais gastam mais energia. Por isso, se faz necessário
realizar esse aumento energético”, conta.
A bióloga
acrescenta que, além do incremento calórico, a ação estimula os animais a
desenvolverem seus instintos. “No caso de um enriquecimento ambiental alimentar
como o pinhão, por exemplo, faz com que ele desempenhe o mesmo comportamento do
ambiente natural, tendo que abrir o pinhão para conseguir se alimentar”,
acrescenta.
Além da inclusão
de novos itens, é realizado o ajuste na dieta de todos os animais para suprir a
necessidade de cada um nesse período.
Com 91 anos de
história, é considerado o maior zoológico de Santa Catarina. O local conta com
aproximadamente 1 mil animais de 200 espécies, sendo que muitos estão ameaçados
de extinção. O Bioparque é referência nacional no acolhimento e tratamento de
animais selvagens que sofreram ferimentos fora de cativeiro e precisaram passar
por atendimento especializado.