A Secretaria de Estado da Educação aprovou
a distribuição do documentário Por que Florianópolis? para
exibição gratuita em escolas públicas de Santa Catarina. Ao todo, serão
entregues mil cópias da obra produzida pela B7 Films para
as 36 coordenadorias regionais do Estado a partir do dia 8 de
julho. Também está em análise a distribuição do documentário Riquezas
da Serra, que deve chegar às instituições de ensino em breve. Os dois
filmes contam com audiodescrição, legendas e libras, acessíveis a todos os
estudantes.
As obras fazem parte do projeto de criação de um Polo
Audiovisual em Santa Catarina, capitaneado pela B7 Films. A iniciativa inclui
documentários em produção e outros três já distribuídos na rede de ensino
catarinense nos últimos anos: Meiembipe: Uma história esquecida no
tempo (2019), Arte, Inovação e Tecnologia (2019)
e Descaminhos da Coxilha Rica (2020). Cerca de 10 milhões de
estudantes devem ser beneficiados pelo Polo, com a produção de 40 documentários
e a distribuição de 100 mil DVDs para escolas, além de acesso a um aplicativo
gratuito. Essencialmente, as obras abordam conteúdos relacionados à história da
América do Sul, meio ambiente, empreendedorismo, indústria tecnológica e
biografias, esportes e saúde, para serem usados de maneira gratuita em salas de
aula. “Temos orgulho de saber que, ao inspirar a paixão das pessoas pelas
histórias que contamos, inspiramos também o cuidado pelo futuro”, destaca Jorge
Baggio, diretor da B7.
Além do valor social e histórico, o projeto deve movimentar
cerca de R$ 240 milhões no Estado, se atingir 30% dos recursos de empresas
disponíveis para incentivo à cultura. Segundo dados dos observatórios mundiais
do mercado audiovisual, para cada dólar investido no setor, oito dólares
retornam para a economia.
Auxílio em sala de aula
Os documentários produzidos pela B7 Films servem como
ferramenta de auxílio a professores em disciplinas que envolvem conteúdos de
resgate histórico-cultural, além de promoverem o desenvolvimento da cidadania
ao ampliar a reflexão dos alunos sobre a realidade local, identidade cultural,
empreendedorismo e sustentabilidade. O professor de Biologia e Geografia
Guilherme Gomes, de Florianópolis, utiliza as obras da B7 em sala de aula desde
2019, em trabalho com os estudantes dos 11º e 12º anos. Após a exibição em
classe, os alunos são incentivados a escreverem resenhas sobre os filmes, além
de participarem de debates sobre os temas abordados. “Os documentários trazem
uma visão pouco explorada do espaço, onde os povos tradicionais e as pessoas da
comunidade são protagonistas”, elogia o educador.
As obras são produzidas por meio da Lei de Incentivo à
Cultura (LIC), da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério da Cidadania e
do patrocínio de empresas, que já inclui Celesc, Casan, BRDE, SCGÁS, Bevicred,
J&A Holding, Berneck, BR Fértil, Nexxera e BMG. A cada nova produção, a B7 busca
novos patrocinadores para dar continuidade à geração de trabalho e renda ligada
à cadeia produtiva do cinema e à oferta de conteúdo ligado ao desenvolvimento
sustentável de forma gratuita para escolas. O projeto do Polo Audiovisual
incentiva ainda práticas de sustentabilidade ambiental, inclusão social e de
governança no ambiente corporativo — o chamado ESG (Environmental, Social and
Governance). “Com o Polo Audiovisual, queremos impactar o mercado audiovisual
brasileiro e mundial, assim como contribuir para a formação de uma população
consciente de suas origens, antepassados e orgulhosa de sua identidade”, afirma
Maria Alice Baggio, coordenadora do projeto.
“Por que Florianópolis?” (52 min)
O documentário narra o episódio histórico da Revolução Federalista
que originou o nome da capital de Santa Catarina, apresentando informações
sobre o desenvolvimento da cidade até os dias atuais. A obra reúne entrevistas
de lideranças empresariais e profissionais na discussão de alternativas para
geração de trabalho e renda de forma sustentável.
Riquezas da Serra (52 min)
O documentário enfatiza as vocações naturais, culturais e
históricas de Santa Catarina por meio de estudo de conteúdo histórico aliado a
um cuidadoso trabalho estético e fotográfico da região. A narrativa é baseada
em depoimentos de moradores locais a partir de uma perspectiva sociológica,
histórica e arqueológica. Também evidencia a indústria florestal e madeireira
da região do planalto catarinense, com belas imagens das serras e dos campos.
Empresários falam sobre modelos sustentáveis que podem levar à preservação do
ambiente e geração de renda de maneira sustentável.
Sobre a B7 Films
A B7 é responsável por documentários como Por Que
Florianópolis?, Riquezas da Serra, Jamais Um Poeta
Teve Tanto Para Contar e Das Quedas ao Topo: A trajetória de João Neto, que
enfatizam personagens e vocações naturais, culturais e históricas de Santa
Catarina. As produções já foram lançadas em 22 países, distribuídas pela O2
Play, Globo Filmes e Canal Off, além de estarem disponíveis nas maiores
plataformas mundiais, como Amazon, Google Play e YouTube. Descaminhos e Meiembipe foram
ainda selecionados para o Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema, em 2019,
ficando em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Quem faz a B7
Jorge Baggio, diretor
Fundador da B7 Films, se especializou na carreira de
cineasta com obras documentais e publicitárias. Foi diretor do
documentário Jamais Um Poeta Teve Tanto Para Contar, que aborda a
Florianópolis dos anos 70 até os dias de hoje. Lançou o documentário Barrels
Board, sobre a história do bodyboarding e o estilo de vida na busca por
ondas gigantes ao redor do mundo. Dirigiu o documentário Descaminhos
da Coxilha Rica, segundo colocado no Prêmio de Cinema Assembleia
Legislativa, em 2019, que conta a história da região do planalto serrano catarinense.
Lançou Meiembipe: Uma História Esquecida No Tempo, importante
documentário sobre as populações pré-colombianas que habitaram o litoral
catarinense. Finalizou ainda em 2019 o documentário Inovação,
Tecnologia e Sustentabilidade, distribuído para as 36 regionais de
educação de Santa Catarina. No mesmo ano, também finalizou a biografia de um
dos maiores empresários da nova geração catarinense: João Neto, em Das
Quedas ao Topo: A trajetória de João Neto. Os documentários também podem
ser assistidos nos canais NET NOW do Grupo Box Brazil TV e em 22 países pelas
plataformas Google Play, iTunes e Amazon. Jorge Baggio participou de
importantes eventos mundiais do mercado e exibições cinematográficas como
Festival de Cannes e Rio Content Marketing. Trabalha em parceria na parte de
produção executiva com o Grupo Animaking, empresa especializada em animação.
Cristina Baggio, produtora cultural
Cristina Baggio é formada em Economia pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e desde 2015 atua na área de produção
audiovisual em parceria com a B7 Films. Estudou Business na The University of
Birmingham e é mestre em Relações Internacionais pela UFSC, com a dissertação
“Políticas de Fomento ao Setor Audiovisual e os Desafios para Inserção no
Mercado Internacional”. Trabalhou na produção do documentário Descaminhos
da Coxilha Rica (2017). Trabalhou na produção e no lançamento do
documentário Meiembipe: Uma História Esquecida No Tempo (2018).
Em 2019, assinou a produção do documentário Arte, Inovação e Sustentabilidade e
da biografia Das Quedas ao Topo: A trajetória de João Neto.
Maria Alice Baggio, coordenadora
Maria Alice Baggio é jornalista e fez especialização no
Japão na área de produção de documentários. Possui prêmio de melhor vídeo no
SET Universitário sobre sexualidade destinado às escolas públicas de
Florianópolis. Trabalhou como roteirista não linear para software em Oscar
Niemeyer, Vida e Obra. Mestre em Engenharia de Produção e Ambiente e
Saúde. Produtora de documentários sobre a Era Pré-Colombiana na região de
Florianópolis e sobre o desenvolvimento urbano da capital de Santa Catarina,
entre outras produções realizadas na TV Japonesa.