Bernardo Knabben, Presidente da Associação Brasileira de Polos
de Ensino a Distância (ABPolos) esclarece os motivos!
O ensino a distância é a modalidade que
mais se expandiu na educação brasileira ao longo da última década. E isso não
tem a ver só com a pandemia. No ensino superior, já são quase 10 milhões de
alunos matriculados em regime EAD nas instituições públicas e privadas do país,
mais do que os estudantes de cursos presenciais.
É verdade que a pandemia acelerou a
procura pelo ensino a distância e derrubou alguns mitos sobre o uso da
tecnologia na aprendizagem. Mas o fato é que o EAD cresce porque responde às
necessidades de um mercado de trabalho cada vez mais concorrido e exigente,
além de atender a quem não abre mão da praticidade para estudar.
Se você está pensando em fazer um curso
superior EAD em 2021, enumero a seguir três boas razões para ir em frente:
1.
A
primeira é a qualidade. Muita
gente ainda tem dúvida sobre como funciona o EAD e, principalmente, quais são
as garantias de que receberá uma boa formação. Um termômetro para medir isso é
avaliar a reputação da marca, isto é, a imagem da instituição de ensino no
mercado e a qualidade dos profissionais que ela forma. Além disso, a estrutura
oferecida é fundamental, e isso você pode checar com facilidade. Basta conhecer
a estrutura física do polo de seu curso a distância, que é obrigatória por lei,
já que algumas etapas da formação como a prova final são presenciais. O
rendimento do aluno no EAD é maior quando há um bom percentual de
presencialidade, ou seja, quando existem polos de apoio que oferecem área
administrativa, laboratório de informática ou multimídia equipados com
computadores e equipamentos necessários, salas de estudos com acesso a
biblioteca física, virtual e bases de dados, além de estrutura para
conferências virtuais. Tudo isso compõe o selo de qualidade do ensino a distância, cada
vez mais reconhecido no mundo inteiro.
2.
A
segunda razão é a segurança. É
mais seguro fazer a formação no conforto de casa ou do escritório, dentro de um
ambiente virtual em que o aluno controla cada passo de sua trilha de
conhecimento e tem à disposição a monitoria de professores capacitados. Se essa
já era uma realidade antes da pandemia, com a crise de saúde pública que
atravessamos ficou ainda mais evidente. Não há como comparar o risco de
contaminação entre uma aula presencial e uma virtual simplesmente porque no
segundo caso ele é zero. Por isso, o EAD não está sujeito à instabilidade do
calendário a que se assiste todos os dias no noticiário.
3.
E
a terceira razão, a mobilidade. A
fluidez do trânsito e a oferta de um transporte público de qualidade são
considerados itens essenciais para a qualidade de vida, tanto que a mobilidade
urbana virou um tema central para os diferentes níveis de governo. O desafio é
inverter a atual equação no país, em que os automóveis ocupam 70% do espaço
viário e transportam 25% das pessoas, enquanto os ônibus transitam por menos de
10% da malha viária e transportam 40% da população. A consequência disso você
já conhece bem: tempo perdido no trânsito, atrasos e estresse. Mais um
ponto, portanto, para o ambiente virtual de ensino. Sem contar a possibilidade
que o aluno tem de ditar o próprio ritmo de aprendizagem, estudando no horário
que mais lhe convém.
Tenho observado estudantes se
perguntando como ficará o calendário escolar para cursar uma faculdade em 2021.
A dica que dou é: comece logo. Você cursando ou não, o tempo vai passar e no
EAD você começa a colher mais cedo o benefício de se formar, além de aproveitar
as três vantagens acima.