Em 2009 a psicóloga organizacional Cristina Primieri era mais uma
acadêmica que estava procurando emprego em sua área, para se manter na faculdade
e conseguir crescer profissionalmente. Durante esse processo, percebeu que sua
cidade tinha uma falha ao encaminhar as pessoas para o mercado de trabalho,
faltava profissionais humanizados trabalhando diretamente com quem procurava
emprego e também orientando os gestores, desde então se comprometeu a dar o
melhor de si como profissional e ajudar outras pessoas a encontrar o tão
cobiçado emprego, assim viu uma oportunidade.
Cristina viu sua realidade mudar quando começou a estagiar
voluntariamente em uma Indústria em Santa Catarina, atuando diretamente no
setor de Recursos Humanos. Teve como inspiração sua supervisora que era formada
em contabilidade e que procurava sempre a evolução pessoal e profissional
através do aprender e ensinar os outros.
Tamanha inspiração fez com que as duas se tornassem amigas e
companheiras com o mesmo ideal, fazendo com que Cristina propusesse para sua
gestora que abrissem uma empresa voltada a esse desenvolvimento empresarial
educando não só funcionários como também gestores. Porém apenas a vontade de
crescer não possibilitava que a empresa fosse aberta e com esse desafio em
mente foram atrás de experiências e investidores que acreditassem nesse mesmo
objetivo.
Com duas investidoras a Renova Consultoria e Desenvolvimento Humano foi
criada. Cristina entrou com a frente de trabalho, que não seria remunerada até
a empresa ter ganhos suficientes para crescer, mas ela não queria apenas isso,
com os 60 reais que tinha guardado na carteira investiu no seu sonho.
Com apenas 1 ano de atividade uma das sócias quis vender a parte dela e
Cristina que ainda não havia estabilizado sua vida financeira se viu diante de
mais um desafio para realizar o seu sonho. Conseguiu o dinheiro emprestado de
uma amiga e conta que um dos fatores principais para continuar foi o apoio da
família, principalmente do marido que a incentivava a continuar, pois eles
tinham um filho de apenas 2 anos neste momento.
Quando tudo parecia estar tomando rumo, com a primeira funcionária
contratada – que permanece até home na empresa – uma coincidência (ou não) duas
pessoas na direção, ambas grávidas, Cristina e sua sócia engravidaram quase ao
mesmo tempo e novos desafios vieram, após ambas conceberem seus bebês,
entenderam que o melhor seria ter apenas uma responsável pela empresa e sua
sócia optou por manter apenas a área de Consultoria em carreira solo. Cristina
se viu mais uma vez no desafio contra a falta de recursos, mas com um
empréstimo bancário comprou a parte da outra sócia “O começo da Renova foi uma
sequência de desafios para mim, no começo tinha muito mais dívidas que lucros,
sonhos do que evidências, mas sempre acreditei na ideia de ajudar as pessoas e
no potencial do meu trabalho e das pessoas que estavam comigo, após dois anos
nem acreditei que eu era a única proprietária da empresa tendo inicialmente
investido os meus R$ 60,00, e o melhor, já havia pago todo investimento que
precisei ao longo do tempo para mantê-la e obtendo lucros” conta.
Desde 2018, existem meses em que o faturamento chega a 1000 vezes o valor
inicial investido e Cristina afirma “É surreal pensar que eu comecei tudo isso
com apenas 60 reais e muita força de vontade, para quem quer empreender
desafios fazem parte da trajetória, mas acreditar no seu potencial e ter força
de vontade muda completamente a sua realidade.”
Em 2019 a Renova teve o faturamento anual de 600 mil e Cristina completa
“É surreal pensar que eu comecei tudo isso com apenas 60 reais e muita força de
vontade, para quem quer empreender desafios fazem parte da trajetória mas acreditar
no seu potencial e ter força de vontade muda completamente a sua realidade”.
Cristina é um exemplo de sucesso para quem planeja empreender, já que
segundo o IBGE a taxa de desempregados bateu a marca de 12,8 milhões de pessoas
no segundo semestre de 2020 e diversas pessoas viram como alternativa
empreender, já que a taxa de desenvolvimento mostra um aumento positivo nas
empresas brasileiras, no mesmo período de análise da taxa de desemprego houve o
aumento 15% na abertura de MEI’s e ME.