De hoje (5) até domingo (7), os
fãs e competidores da robótica estarão reunidos no Rio de Janeiro para a FIRST
Robotics Competition (FRC), conhecida como a olimpíada internacional de
robótica. Participam das disputas 12 catarinenses, estudantes da Escola S de
Blumenau, rede de educação básica do SESI e do SENAI. Eles criaram um robô
semiautônomo de 51 kg e 1,18 metro de altura. O evento, que é promovido pelo
SESI e pela organização sem fins lucrativos FIRST (For Inspiration and
Recognition of Science and Technology), combina a adrenalina dos esportes com o
rigor da ciência e da tecnologia.
Uma arena com missões a cumprir,
como acertar a bola no alvo, mover objetos, agarrar em barras e até mesmo escalar.
Lembra uma gincana, mas, nesse caso, a brincadeira é séria, envolve meses de
trabalho, muita programação e engenharia. São robôs semiautônomos de porte
industrial, com até 55 kg e 1,5 metro de altura, construídos e comandados por
estudantes que cumprem as missões propostas na temporada.
Esta é a primeira vez que o
Brasil recebe um torneio da FRC. A cada ano, um novo desafio é proposto às
equipes, explica Bolivar Fernandes, professor da Escola S de Blumenau e um dos
técnicos da equipe catarinense. “Além da mecânica e da programação do robô, os
estudantes são avaliados em critérios que envolvem administração, marketing,
empreendedorismo e valores comportamentais. Nossa equipe é pioneira no Vale do
Itajaí e está participando desta competição presencialmente pela primeira vez -
no último ano o time participou de uma temporada que aconteceu de maneira
virtual por conta da pandemia”, conta o professor.
Os integrantes da equipe são
alunos do Espaço de Educação Maker do SESI e do SENAI. Para ingressar no
projeto que acontece no contraturno escolar, eles participaram de um processo
seletivo. Além de Fernandes, os estudantes são orientados pelo professor Johnny
Dreher e recebem mentoria e apoio de empresas da região e de profissionais de
diferentes áreas.
Critérios que fazem a
diferença
O robô construído pelos
estudantes catarinenses utiliza mecanismos mecânicos, elétricos e pneumáticos
feitos especificamente para a competição, além de ter partes customizadas em
madeira, plástico e metal. As peças customizadas foram desenhadas pelos
próprios estudantes por meio de programas de modelagem digital e fabricadas
utilizando ferramentas como a cortadora a laser, impressora 3D e Router
CNC.
Para o desenvolvimento do robô, o
time trabalha com um kit básico e tem liberdade para usar a criatividade, desde
que utilize o mesmo sistema de controle e respeite as regras que limitam
tamanho, peso, quantidade máxima de motores, atuadores e alguns materiais. Os
competidores precisam ainda levantar fundos, desenvolver uma marca e realizar
alguma iniciativa com a comunidade relacionada à ciência e à tecnologia.