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Qualidade do algodão brasileiro é continuada na produção de fios

19/07/2022    Gustavo Siqueira

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O Brasil hoje é o quarto maior produtor de algodão do mundo e o segundo maior exportador. O algodão brasileiro se destaca por sua produção sustentável e dois pontos são fundamentais para alcançar esse objetivo, a rastreabilidade, por meio da qual é possível saber onde e por quem cada fardo é produzido. E também existe o programa Algodão Brasileiro Responsável, com um selo entregue por empresas independentes.
 
Além da sustentabilidade, o tecido de algodão traz conforto nos dias mais quentes, versatilidade de cores e formas e maior durabilidade e, por isso, está entre os queridinhos dos profissionais da moda, valorizado por todas as características e benefícios que ele proporciona.
 
E para garantir a qualidade do produto final, toda a cadeia produtiva do algodão segue rigorosos processos, principalmente na fiação, onde a mágica acontece. Depois de produzido e beneficiado, o algodão chega à fiação para ser transformado em fios. Nesse cenário, a empresa catarinense Incofios, do Grupo Rovitex, se destaca com um laboratório completo para garantir o controle de qualidade rígido e eficiente com equipamentos de tecnologia de ponta.
 
“São oito etapas do processo de qualidade executados na empresa. Entre as análises feitas no laboratório estão as de resistência/ alongamento, aparência e coeficiente de atrito com amostragens diárias e condições ideias de umidade e temperatura trazendo fidelidade aos resultados garantindo a qualidade em todas as etapas da produção à expedição”, destaca o supervisor de qualidade na Incofios, Marcones Borges Souza.
 
Oito equipamentos garantem um dos grandes diferenciais da Incofios, a qualidade
 
O processo de qualidade inicia no equipamento chamado de Neptômetro, que é um testador de algodão que auxilia no sistema de gestão de matérias-primas e processos. “Com ele é possível fazer a contagem de neps, através de um feixe de luz laser, do material de entrada/saída provenientes da carda, etc. Os neps são fragmentos da própria casca da semente do algodão e a presença nos fios afeta a qualidade e o valor do produto acabado”, frisa Marcones.
 
Na etapa seguinte é feita uma inspeção de alto volume (HVI), para avaliar as características físicas, como a finura, maturidade e comprimento das fibras de algodão, entre outros. A partir daí, o produto segue para o Dinamômetro, onde serão mensuradas as propriedades de tração, ou seja, testa a resistência e o alongamento dos fios.
 
Para prever a qualidade do tecido final, o Regularímetro é utilizado para avaliar a uniformidade, o coeficiente de variação da massa, a pilosidade, pontos finos e grossos, neps e imperfeições periódicas no fio. Ainda, para que a qualidade do algodão esteja de acordo com os padrões da ASTM (American Society for Testing and Materials), órgão que tem como responsabilidade o desenvolvimento e a publicação de normas técnicas aplicadas para diversos produtos, materiais, serviços e sistemas, o Seriplano entra em ação como um instrumento utilizado para posicionar fios lado a lado de modo a permitir seu exame e comparação visual.
 
“As placas preparadas no Seriplano permitem a observação do grau de pilosidade do fio, a quantidade de neps (visual), a regularidade, pontos finos e grossos, as características dos defeitos no fio e o efeito Moiré, que ocorre quando um defeito se repete periodicamente e pode ser observado pelos desenhos de ondas que se formam na placa, à medida em que o fio é depositado. A forma, amplitude e distância na placa relacionam-se com o tipo e o período do defeito”, explica Marcones.
 
As três etapas finais envolvem o Medidor de Fricção de Fios, o Torcímetro e a ASPA. “O Medidor é o aparelho utilizado na mensuração do coeficiente de fricção para teste de atrito de fios, verificando se a parafinagem está sendo aplicada corretamente. Já o Torcímetro. para a verificação do número de torções por metro de um fio nos sentidos S ou Z. E a ASPA é utilizada na produção de meadas de fios com comprimento e voltas pré-determinadas para ensaios de título do fio, através da relação entre comprimento e massa”, conta.
 
Qualidade na produção permeia expansão da marca
 
Hoje o parque catarinense da Incofios, em Indaial, tem uma produção média de 1.800 toneladas de fios ao mês, distribuídas em 29.760 fusos de fio penteado/compactado e 8.328 rotores de Open End, que são os dois produtos comercializados pela empresa. Com a operação 100% ativa do parque fabril construído em Campo Verde, Mato Grosso, previsto para o segundo semestre desse ano, a empresa busca superar a meta de 3 mil toneladas/mês de produção. 
 
O fio penteado, um dos produtos da Incofios, é conhecido pela utilização de algodão de boa qualidade e de fibras mais longas, com 75 a 80% de aproveitamento das fibras. É usado na confecção de malhas para t-shirts e tecidos mais nobres como tricolines e lençóis.
 
O longo processo de qualidade para liberação do fio ao mercado busca, além de suprir a demanda nacional, atender as exigências do mercado internacional e expandir os negócios da empresa. ”Nossa participação no mercado internacional é de 6%. Hoje exportamos para países do Mercosul, como Peru, Colômbia, Argentina, Chile e Paraguai. Com a efetivação do novo parque fabril em Mato Grosso, queremos expandir o atendimento e chegar em 15%”, destaca o CEO da Incofios, Vitor Luiz Rambo Junior.
 
Há 21 anos no mercado, com sede em Indaial, região têxtil do Vale do Itajaí, a Incofios atende a Indústria Têxtil com a melhor solução em fios 100% algodão.
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