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Primeiro transplante musculoesquelético no Hospital Dona Helena concluído com êxito

23/05/2022    Gustavo Siqueira

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Dois meses depois de receber credenciamento para a realização do chamado transplante musculoesquelético, serviço de alta complexidade para pacientes ortopédicos, o Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), concluiu com êxito o primeiro procedimento. A paciente é uma mulher de 44 anos. A cirurgia teve por objetivo restaurar a rerruptura das lesões ligamentares do joelho da paciente, que haviam passado por cirurgia prévia. O enxerto utilizado, preparado pela equipe do Setor de Ortopedia, veio de avião do Rio de Janeiro no dia do procedimento.
 
Vitor Corotti, chefe da Ortopedia do Dona Helena, afirma que esse tipo de cirurgia é menos agressivo e garante reabilitação precoce. Segundo ele, a paciente vem tendo boa resposta, com tratamento pós-operatório, fisioterapia e reabilitação. Em três semanas, retomou a mobilidade completa e evolui positivamente. “A expectativa é de que a estabilidade articular se restabeleça, as dores crônicas, devido aos falseios frequentes melhorem, e que o prognóstico seja o mais favorável possível, com a diminuição do risco de lesões meniscais e degenerativas”, aponta o especialista.
 
“Fui muito bem recebida e acolhida pela equipe do hospital, recebendo todas as informações sobre o procedimento, e tive total segurança de que era a opção mais adequada para o meu caso”, diz a paciente. “Até então, nem sabia que seria possível este tipo de transplante.”
 
A enfermeira Suelen Serpa ressalta a importância da logística no êxito de um procedimento como esse. “A forma como o tecido chega ao hospital é peça fundamental, como também a seleção do paciente, o transporte, e o armazenamento do tecido, entre outros aspectos”, detalha Suelen. “Todas as etapas precisam estar em sintonia para que o procedimento seja um sucesso.”
 
Processo rigoroso
 
O credenciamento para transplante musculoesquelético é um processo rigoroso, que decorre de várias etapas de certificação por órgãos municipais, estaduais e Ministério da Saúde. De acordo com Vitor Corotti, as principais aplicações desse tipo de cirurgia são lesões de alta gravidade com múltiplas lesões ligamentares, transplante condral grave, transplantes meniscais, cirurgias de tumor ósseo, enxerto para artrodeses grandes e revisões de próteses. “São poucos os hospitais catarinenses registrados, e, a partir de agora, poderemos ajudar muitos pacientes, ampliando as opções disponíveis para a comunidade”, frisa o ortopedista.
 

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