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Dia Mundial de Combate à Tuberculose: doença ainda preocupa autoridades da saúde

29/03/2023    Rosilene Bejarano

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Cruz e Sousa, o maior poeta catarinense, um dos maiores escritores do Simbolismo, morreu em 1898, com pouco mais de 35 anos, vítima de tuberculose. 

Mais de um século se passou e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença ainda mata 1,1 milhão de pessoas por ano, no mundo – e um terço da população mundial está infectada pela Mycobacterium tuberculosis, que causa a doença. 

O dia 24 de março foi escolhido pela OMS como o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em referência aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, ocorrido em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.

O Brasil permanece na lista dos 30 países de alta carga para a tuberculose e para coinfecção TB-HIV, e é por isso que é considerado prioritário para o controle da doença no mundo pela OMS.

Carla Bartuscheck, pneumologista do Centro Clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), reforça a necessidade de atenção com a doença. “Apesar de muita gente achar que é uma doença do passado, a tuberculose ainda existe no nosso meio, em praticamente todos os países, e é considerada um problema de saúde pública”, alerta a médica.

Altamente contagiosa, a tuberculose se transmite de pessoa para pessoa – ao tossir ou espirrar, o doente expele o bacilo que causa a doença. Ambientes fechados, mal ventilados, com ausência de luz solar e com aglomeração, aumentam em muito as chances de transmissão.

“A vacina BCG, normalmente aplicada nas crianças logo ao nascer – ou, no máximo, até os 5 anos –, protege contra as formas mais graves da tuberculose”, continua a médica, alertando que a doença pode afetar mais as comunidades que vivem em vulnerabilidade social, como indígenas, pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade, além daquelas que são portadoras do vírus HIV/Aids.

Números relevantes

Dados epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde mostram que em 2020, o Brasil registrou 66.819 casos novos de tuberculose, com um coeficiente de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2019, foram notificados cerca de 4,5 mil óbitos pela doença, com um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos por 100 mil habitantes. 

Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano, ainda segundo o Ministério da Saúde.

Alguns fatores contribuem para a maior disseminação da doença, como a pobreza e má distribuição de renda, a Aids, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional.

Sinais e sintomas mais frequentes

. tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;

. cansaço excessivo e prostração;

. febre baixa geralmente no período da tarde;

. suor noturno;

. falta de apetite;

. emagrecimento acentuado;

. rouquidão.

Assessoria de imprensa do Hospital Dona Helena. 
Ana Ribas Diefenthaeler.
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