
Ao completar 16 anos de história, a
tradicional cervejaria artesanal catarinense Das Bier aposta na
inovação e também no crescimento do mercado de cerveja artesanais sem álcool.
Atualmente, com 10 rótulos, sendo dois não alcoólicos, a cervejaria reforça a recente
tendência da busca do consumidor por essas bebidas.
“A nossa expectativa agora para 2023
é dobrar a produção das sem álcool e incrementar as nossas vendas nos nossos
espaços e parceiros”, conta a diretora da Das Bier, Larissa Schmitt. Um dos exemplos de crescimento deste
segmento no mercado cervejeiro foi a obrigatoriedade de pontos de venda de
cerveja sem álcool durante a 37ª edição da Oktoberfest de Blumenau. Para atender
essa demanda, a Das Bier dobrou a produção sem álcool e levou para a maior festa alemã das
américas duas opções, incluindo a cerveja com medalha de ouro no Concurso
Brasileiro da Cerveja em 2022: a Kaffee
Bier. A outra cerveja foi a Australian Pale Ale sem álcool, que possui sabor e aroma de frutas e cítrico, que
também foi reconhecida e premiada no Brasil Beer Cup, que em 2022 teve a edição
realizada em Florianópolis.
Produzida desde 2020, a Australian
Pale Ale foi a única inscrita pela Das Bier para ser avaliada por mais de 70
jurados nacionais e internacionais, que avaliaram cerca de 2 mil amostras às
cegas. Em 2022, o Brasil Beer Cup teve participação de 325 cervejarias, sendo
de 19 diferentes estados brasileiros e de outros países como Alemanha, Argentina,
Bélgica, Chile e Uruguai. A realização e a
curadoria técnica do evento são do Science of Beer Institute.
Tradição e pioneirismo no mercado de
cerveja artesanal sem álcool
A cervejaria foi uma das
precursoras na região a produzir a bebida sem álcool de forma artesanal.
Iniciou há dois anos com a Australian Pale Ale e segue em crescimento,
registrando atualmente um aumento de 52% na produção. Larissa afirma que as
opções sem álcool já representam 43% das vendas da Das Bier, embora a
cervejaria não foque na comercialização de produtos pasteurizados.
“A produção artesanal sem álcool é
cheia de desafios, pois passa por processos diferentes das industrializadas,
mas nós optamos por fazer, pois tínhamos uma procura muito grande dos nossos
clientes. E eles sempre queriam algo que saísse do tradicional”, acrescenta.